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sábado, 3 de novembro de 2012

Pondo lenha na fogueira


Em todo relacionamento importante o conflito é inevitável. Quanto mais íntimo o relacionamento, maior a frequência de conflitos. Todos nós temos arestas que machucam os outros ocasionalmente. Todos cometem erros.
Os conflitos surgem porque as pessoas são diferentes no modo de pensar, nos sentimentos, reações, necessidades e expectativas. Portanto, a presença de conflitos não significa, necessariamente, que um ou ambos estejam errados. Ninguém precisa se sentir culpado quando surgirem conflitos.
É importante saber que nem todos os conflitos são maus. O que importa não é se vamos ter um conflito, mas como vamos reagir a ele. Você decide se o desentendimento vai facilitar o crescimento ou a destruição do laço que une você ao outro.
A maioria de nós, provavelmente, não tem consciência de como reagimos diante de um conflito pessoal. Simplesmente seguimos padrões que recebemos de nossos pais-modelos ou de um sistema de tentativas e erros usado através dos anos.
Sendo assim, quanto mais conhecimento temos de nós mesmos e do que estamos fazendo, mais oportunidades temos de vencer (não as pessoas, mas os conflitos).
A seguir, veremos algumas reações típicas que só servem para piorar as coisas num conflito, é claro, com o objetivo de combatê-las e não de reafirmá-las.
1.  Atacar as pessoas em vez de atacar o problema – Ex.: xingar a outra pessoa; lembrar-lhe seus erros do passado (que não têm nada a ver com o assunto atual); desvalorizar o outro comparando-a com outra pessoa (você é exatamente como ... seu pai, sua mãe,...); fazer perguntas sarcásticas (quando é que você vai crescer e se portar como uma adulto?); etc.
2.  Afastar-se da pessoa recusando-se a falar sobre a situação – este é um menosprezo que desperta hostilidade e não resolve o problema. O silêncio pode ferir mais que as palavras. Use-o com sabedoria e sensibilidade, não como arma.
3.  Exagerar também atrapalha bastante a comunicação criativa – Intercalar expressões tais como “nunca” e “sempre" torna o problema maior do que realmente é. “Você nunca faz nada certo” ou “Você sempre estraga tudo” atrai para o relacionamento outros assuntos desagradáveis, reais ou imaginários. Isto é demais para se resolver de uma só vez.
4.  Deixar-se levar pelos sentimentos – Quando pegamos os fatos e acrescentamos nossos próprios sentimentos obtemos resultados devastadores. Fatos mais sentimentos podem provocar graves desastres quando as pessoas envolvidas não estão saudáveis emocionalmente. Esfrie a cabeça antes de debater as idéias.
5.  Auto justificação – É quando a pessoa assume a posição de vítima em lugar de vilão. Isso impede qualquer solução sadia em um conflito. Ponha-se no lugar do outro. Analise o problema “de fora” e honestamente. Assuma seus próprios erros antes de apontar os erros alheios.
6.  Auto piedade – Isso põe lenha na fogueira do conflito para ambos, tanto para quem a expressa como para o outro que a enfrenta. Sentir pena de si mesmo realmente não ajuda. A auto piedade é como areia movediça – quanto mais nos revolvemos nela, mais nos afundamos e mais nos afastamos de qualquer ajuda ou cura real.
Concluímos que, quanto mais egoístas são nossas atitudes e interesses num relacionamento, mais combustível temos para destruir-nos mutuamente.
Deus nos deu sabedoria de sermos sensíveis para com os outros e a coragem para mudarmos nossas próprias reações destrutivas.
Você só é escravo das circunstâncias quando se permite sê-lo. Seja dono de si mesmo, e tenha atitudes sensíveis e inteligentes, ataque o problema e não as pessoas.